terça-feira, 30 de novembro de 2010

SEM NEXO III

Liberdade

Porque invejastes as borboletas jovem Pierrot?
Algo que temos sem querer
Seres tão pequenos e insignificantes.
Influenciamos uns aos outros mas não prendemos ninguém
Todavia para você o que significaria a liberdade?
É sua a escolha de ser quem é, e fazer o que faz
Andar pela noite? Beber, dançar, se saciar no corpo daquelas jovens?
A liberdade?Sim, ela esta aqui e aí também só esperando que você a perceba
Estou preso em meio à solidão, coisas mundanas apenas servem para me iludir
Infinitos lados, infinitas formas, infinitos jeitos de fazer, tudo o que quiser
A mascara que uso para viver se tornou tão pesada que não consigo bater asas
Mas toda ação tem sua reação
Invejo um corpo tão frágil e simples mas que mesmo assim, pode ir a lugares tão distantes.
Nos prendemos ao cotidiano deixando o amor e esquecendo  a liberdade
Invejo como aquela simplicidade consegue superar a decadência de um jovem como eu.
A liberdade é assim única e viciante.

                                                                 Jannah Kira & Sílvio Motta

SEM NEXO II

Tudo a seu tempo....
Divididos entre a luz e as trevas.
A morte não é necessariamente ruim,
O vazio me domina ecoando por toda minha alma
Não leve a vida a sério, ela pode te decepicionar
A vida se esvai e a morte se aproxima...
Ninguem vai te salvar...
Um suspiro a mais e uma grande dor no peito
tudo é uma mentira, pois o amanhã nunca existiu
Uma melodia me envolve, suave e tranquila
Você pode ser o próximo ou não, mas isso não depende de ninguem
A brisa gelida me faz suspirar tranquilamente
A educação que nos foi dada diz que temos que viver para os outros,  mas o nosso egoismo nos impede
Sei que não há mais tempo e já me conformo com isso...

                                                Jannah  Kira & Lady Blume.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Feriado.


-Vamos andar?
-Vamos, mas eu não sei andar por aqui.
-Tudo bem, eu te ensino... Vamos pra lá.
-Quer sorvete?
-Não, ainda não.
-Essa praça tem muitas arvores.
-Normal.
-Olha!
-Nossa, os bancos estão sem acentos.
-Hahaha... Vamos sentar aqui, ou não.
-Quero fazer alguma coisa!
-Eu também.
-Vamos pro “Sítio”.                                                                           
-Deve estar fechada.
-Eu sei, mas vou continuar andando.
-Tudo bem.
-Olha quanta manga no chão e tanta gente passando fome.
-Verdade.
-Não! Não chute...
-Porque não? Elas nem sentem!
-Mentira! Mangas têm sentimentos, só não sabe expressa-los.
-Que saco!
-O que?!
-O Sítio está fechado.
-Eu não disse?! Então vamos voltar.
-Sim
-Que túnel legal
-Queria morar aqui.
-Olha! Aqui vai ser minha cama.
-E aqui, vai ser a minha.
-Pronto, estamos de volta.
-Vamos nos sentar.
-Claro.
-Ah! Os bancos estão molhados.
-Espere, eu seco.
-Obrigada
-O que eu não faço por você.
-Olha! Eu tenho bala e nem sabia.
-Eu quero uma.
-Só te dou uma, se você me der um beijo.
-Não posso...