A chave cai no pé de outra pessoa qualquer, com o balanço do
ônibus, e o pensamento nem se troca de lugar, a chave vem e para ao meu pé,
pedindo para subir em mãos, o pensamento continua lá. A chave é guardada do
lado de fora da bolsa: não cai, e não tenho medo que roubem (por mais que já tenha
me sumido 10 reais outro dia), Agora o pensamento se distancia para aquele dia
que passei na frente daquele lugar e um tanto depois já não sabia mais qual era
a cor do céu, por um instante, já me ia em pensamentos ambulantes buscar quase
que esmolas de conhecimento sobre uma história inventada, no outro - a luz
pisca e o barulho entopem meus ouvidos, com tantas pessoas me dizendo que tem
medo, e outras tantas com com medo te ter medo de ter medo e temer o medo...
Com suprimentos de academia e outras drogas que nem alucinam, pra mim não faz
sentido essas partes físicas, e por algum dos lados eu sei que o tiro vai sair,
que as pessoas arrisquem mais. Eu me atiro! Não sei quanto ganho pra fazer a
arte de pensar, mas não tenho certeza alguma sobre nada e gosto da forma que se
pode duvidar de um futuro que pode me trazer a surpresa em cada amanhecer, único
e (des)agradável? Talvez, isso não influencia na cor das minhas botas,
repensando sobre os saltos, quando nos decepcionamos, sabemos que existe uma
porção de defeitos a nos atacarem, porem ao longo do tempo - passa, porque é
como resfriado... Só não me culpo por mim mesmo, e não culpa mais ninguém pelo
peso dos meus cacos, as outras coisas, como o calor em noite de lua gelada, só
mesmo o cão selvagem para saber, não gosto das tamanhas espiagens que regem a
massa física virtual, mas sou a favor de qualquer energia positiva e pedras
cor-de-rosa, no entanto não quero nenhuma contrariedade me atacando, porque em
dois minutos fui trucidada e em outros dois, eu ainda não sei, sei mesmo do que
não gosto porque o que quero pode mudar todos os galhos desta árvore humana.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Continuamente irregular.
As ondas batem e vem e vai o cheiro da maré enquanto nada
faz sentido, tropeço em uma alma iluminada, e quem sabe até vejo meu futuro
brilhar em seus olhos. Sinto um encaixe do qual faltava em mim, e uma porção de
borboletas no estomago. A paredes parecem apertar no sentido em que estamos
posicionados em qualquer lugar fechado, como se sufocasse. E em liberdade as
cores brilham forte a nossa volta e até o céu fica mais bonito, como uma
pintura enquadrada de tinta óleo. Som da voz só completa a parte que me toca, a
peculiaridade de pensamentos loucos, parecem cada vez fazer mais sentido e a idéia
do impossível, não sei mais o que é.
sábado, 16 de novembro de 2013
Aparte e meio viva.
Morta, infinitamente viva. Martirizada? Não. Sou apenas uma parte de mim mesma, viva. Sou totalitária sobre morte súbita. Sou apenas parte do que está vivo, e parte de mim está morta. Ligeiramente investigativa a procura de algum mar não morto, no qual posso encaixar-me em qualquer corrente e desaguar-me em qualquer maré, e talvez achar outrem, e talvez, brindar em pleno desconhecimento de qualquer felicidade aparente, mas com motivos suficientes, pra entender o está para acontecer sem mudar a rota, sem alterar o fluxo, só vadear boemicamente dentre as entranhas desse estranho mar de palavras azul-celeste, penduradas como cordéis, só que essas - num fio de prata.
Contamente-mente.
Algumas histórias, que ainda não
são parte do real, algumas partes do real que ainda não se encaixam no todo da
história, mas a vontade é inevitável, as lagrimas escorrem uma a uma, e nem
todas elas seguem uma ordem, a batida das baquetas sincronizadas só me lembra
da minha falta de coordenação, e num outro instante me lembro de mais outro
instante no qual queria ter olhado no seus olhos e te beijado, eu ter deixado
que isso de alguma forma acontecesse, mas de outra forma, fiquei tão sem graça,
quando me segurastes forte pelos braços, e entre palavras tão toscas que saiam
da minha quase vermelha boca de batom, e um tanto de tosquices vindo da outra
boca que agora, estava mais próxima da minha, não nos calamos e depois do
desembaraçamento de olhares meio encontrados, e a soltura dos meus braços
amarrados pelos seus dedos da sua mão, uma das suas escorrega até a minha,
levanta esta e beija olhando nos meus olhos, com peso nos movimentos sabendo
exatamente onde estava cada parte de nossos corpos, saio descaradamente sem
graça, um pé aqui e o outro nem sei onde ia parar, na dança des-sincronizada e
pouquissimamente ritmada pra quem via de fora, era eu agora um universo
internamente paralelo, desejando um beijo seu, por mais bobo que fosse, não era
pra sempre, não era nada, era um momento, apenas, um dia, uma história, uma
crônica, um desejo.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Histórias Passageiras
Tal como era a pessoa amada um
tanto desconcertada e encantadamente bela, pode-se ver um brilho no fundo dos
seus cabelos encaracolados e a sua alma resplandecentemente amarela, dos mais
longos se tinha a ideia de Maturidade e noção de tempo e dos mais curtos a moça
que sempre foi, mas até então não avistava nenhum fio de sabedoria
peculiarmente chamativa, mas as caríssimas rugas querendo ser vistas no canto
do olho, estavam lá, não que eu gosto de maçãs mas de certo modo a forma como
se escreve até que é legal, por me lembrar de algo que gosto tanto de fazer que
me desliga do mundo todo existente, a letra do meu nome diz tudo sobre mim, o
meu signo diz outra parte, as respostas a parte das pessoas que convivem não considero, as partes de baixo
costumam ser escondidas e ninguém aqui admite o gosto erótico e sádico, mas
sempre me veio a ideia do tântrico, que por sua vez também é um tanto
inconveniente, aqui o toque vale mais, a
corrida pro caso do diário nunca escrito mas diariamente repetido como uma
lista feita uma vez só para todas as vezes, todos os dias, e de vez em quando
eu quero um beijo para quebrar a monotonia, e de vez enquanto eu quero uma
primeira vez que acabe com a sensatez do meu dia, uma bala até, talvez, algo
que seja consumida e depois desapareça num passe de mágica, um sorriso, um
abraço, um estranho enlaço de braços aos redores, e o que tem para mistificar o
momento é a lembrança que de tanto usada se torna imortal, mas tão desgastada
fica, que as pessoas não mais vistas tornam-se sureais, e de vez em quando eu
não sei mais o que é real e o que não é, não é por crise existência, afinal a
minha única droga é o oxigênio, a vida é apaixonante, e as pessoas vão
continuar falando uma das outras variando entre coisas boas e ruins, mas que
mal faz, eu ainda gosto de viver , por isso o que mais me perturba é quando o
sono vem, o sono, a noite bem dormida é um desperdício de viva, considero a
dificuldade de dizer o que sou mas a cada dia me implico mais e mais em descobrir,
a fonte do desespero é a insatisfação humana e eu quero o desapego, eu sei o
que quero, e sei que quero ser feliz, mas sempre surge a pergunta: O que é a
felicidade? A felicidade é aquilo que você acha que é, que ninguém vai dizer a
você como, mas terá que descobrir, talvez não exista uma eternidade feliz, mas
eu gosto desse intermédio da angustia na vida, pra dar valor as outras coisas
quando se tem, ser ou não ser eis a questão? e o que é questão do momento, as passagens
de ônibus abaixaram mas ainda sou contra o capitalismo, eu até gosto de sorvete
mas sou muito mais, mentes abertas, quem quiser se prender que fique “alavonté”,
mas de resto a liberdade deveria ser uma escolha. Se a regra existe mesmo é
porque tem uma exceção e se a exceção existe não teria que haver regra, não
gostaria ver ninguém trocando a liberdade por segurança, esse mundo ta muito
abaixo do que se chama evolução, a tecnologia das pessoas que fazem seu uso é o
exercício de quem as fabrica, e esse é uma vergonha por confundir conforto com
comodismo.
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