segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Histórias passageiras II

A chave cai no pé de outra pessoa qualquer, com o balanço do ônibus, e o pensamento nem se troca de lugar, a chave vem e para ao meu pé, pedindo para subir em mãos, o pensamento continua lá. A chave é guardada do lado de fora da bolsa: não cai, e não tenho medo que roubem (por mais que já tenha me sumido 10 reais outro dia), Agora o pensamento se distancia para aquele dia que passei na frente daquele lugar e um tanto depois já não sabia mais qual era a cor do céu, por um instante, já me ia em pensamentos ambulantes buscar quase que esmolas de conhecimento sobre uma história inventada, no outro - a luz pisca e o barulho entopem meus ouvidos, com tantas pessoas me dizendo que tem medo, e outras tantas com com medo te ter medo de ter medo e temer o medo... Com suprimentos de academia e outras drogas que nem alucinam, pra mim não faz sentido essas partes físicas, e por algum dos lados eu sei que o tiro vai sair, que as pessoas arrisquem mais. Eu me atiro! Não sei quanto ganho pra fazer a arte de pensar, mas não tenho certeza alguma sobre nada e gosto da forma que se pode duvidar de um futuro que pode me trazer a surpresa em cada amanhecer, único e (des)agradável? Talvez, isso não influencia na cor das minhas botas, repensando sobre os saltos, quando nos decepcionamos, sabemos que existe uma porção de defeitos a nos atacarem, porem ao longo do tempo - passa, porque é como resfriado... Só não me culpo por mim mesmo, e não culpa mais ninguém pelo peso dos meus cacos, as outras coisas, como o calor em noite de lua gelada, só mesmo o cão selvagem para saber, não gosto das tamanhas espiagens que regem a massa física virtual, mas sou a favor de qualquer energia positiva e pedras cor-de-rosa, no entanto não quero nenhuma contrariedade me atacando, porque em dois minutos fui trucidada e em outros dois, eu ainda não sei, sei mesmo do que não gosto porque o que quero pode mudar todos os galhos desta árvore humana.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Continuamente irregular.

As ondas batem e vem e vai o cheiro da maré enquanto nada faz sentido, tropeço em uma alma iluminada, e quem sabe até vejo meu futuro brilhar em seus olhos. Sinto um encaixe do qual faltava em mim, e uma porção de borboletas no estomago. A paredes parecem apertar no sentido em que estamos posicionados em qualquer lugar fechado, como se sufocasse. E em liberdade as cores brilham forte a nossa volta e até o céu fica mais bonito, como uma pintura enquadrada de tinta óleo. Som da voz só completa a parte que me toca, a peculiaridade de pensamentos loucos, parecem cada vez fazer mais sentido e a idéia do impossível, não sei mais o que é.

sábado, 16 de novembro de 2013

Aparte e meio viva.

Morta, infinitamente viva. Martirizada? Não. Sou apenas uma parte de mim mesma, viva. Sou totalitária sobre morte súbita. Sou apenas parte do que está vivo, e parte de mim está morta. Ligeiramente investigativa a procura de algum mar não morto, no qual posso encaixar-me em qualquer corrente e desaguar-me em qualquer maré, e talvez achar outrem, e talvez, brindar em pleno desconhecimento de qualquer felicidade aparente, mas com motivos suficientes, pra entender o está para acontecer sem mudar a rota, sem alterar o fluxo, só vadear boemicamente dentre as entranhas desse estranho mar de palavras azul-celeste, penduradas como cordéis, só que essas - num fio de prata.

Contamente-mente.

Algumas histórias, que ainda não são parte do real, algumas partes do real que ainda não se encaixam no todo da história, mas a vontade é inevitável, as lagrimas escorrem uma a uma, e nem todas elas seguem uma ordem, a batida das baquetas sincronizadas só me lembra da minha falta de coordenação, e num outro instante me lembro de mais outro instante no qual queria ter olhado no seus olhos e te beijado, eu ter deixado que isso de alguma forma acontecesse, mas de outra forma, fiquei tão sem graça, quando me segurastes forte pelos braços, e entre palavras tão toscas que saiam da minha quase vermelha boca de batom, e um tanto de tosquices vindo da outra boca que agora, estava mais próxima da minha, não nos calamos e depois do desembaraçamento de olhares meio encontrados, e a soltura dos meus braços amarrados pelos seus dedos da sua mão, uma das suas escorrega até a minha, levanta esta e beija olhando nos meus olhos, com peso nos movimentos sabendo exatamente onde estava cada parte de nossos corpos, saio descaradamente sem graça, um pé aqui e o outro nem sei onde ia parar, na dança des-sincronizada e pouquissimamente ritmada pra quem via de fora, era eu agora um universo internamente paralelo, desejando um beijo seu, por mais bobo que fosse, não era pra sempre, não era nada, era um momento, apenas, um dia, uma história, uma crônica, um desejo.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Histórias Passageiras

Tal como era a pessoa amada um tanto desconcertada e encantadamente bela, pode-se ver um brilho no fundo dos seus cabelos encaracolados e a sua alma resplandecentemente amarela, dos mais longos se tinha a ideia de Maturidade e noção de tempo e dos mais curtos a moça que sempre foi, mas até então não avistava nenhum fio de sabedoria peculiarmente chamativa, mas as caríssimas rugas querendo ser vistas no canto do olho, estavam lá, não que eu gosto de maçãs mas de certo modo a forma como se escreve até que é legal, por me lembrar de algo que gosto tanto de fazer que me desliga do mundo todo existente, a letra do meu nome diz tudo sobre mim, o meu signo diz outra parte, as respostas a parte das pessoas que  convivem não considero, as partes de baixo costumam ser escondidas e ninguém aqui admite o gosto erótico e sádico, mas sempre me veio a ideia do tântrico, que por sua vez também é um tanto inconveniente, aqui o toque vale  mais, a corrida pro caso do diário nunca escrito mas diariamente repetido como uma lista feita uma vez só para todas as vezes, todos os dias, e de vez em quando eu quero um beijo para quebrar a monotonia, e de vez enquanto eu quero uma primeira vez que acabe com a sensatez do meu dia, uma bala até, talvez, algo que seja consumida e depois desapareça num passe de mágica, um sorriso, um abraço, um estranho enlaço de braços aos redores, e o que tem para mistificar o momento é a lembrança que de tanto usada se torna imortal, mas tão desgastada fica, que as pessoas não mais vistas tornam-se sureais, e de vez em quando eu não sei mais o que é real e o que não é, não é por crise existência, afinal a minha única droga é o oxigênio, a vida é apaixonante, e as pessoas vão continuar falando uma das outras variando entre coisas boas e ruins, mas que mal faz, eu ainda gosto de viver , por isso o que mais me perturba é quando o sono vem, o sono, a noite bem dormida é um desperdício de viva, considero a dificuldade de dizer o que sou mas a cada dia me implico mais e mais em descobrir, a fonte do desespero é a insatisfação humana e eu quero o desapego, eu sei o que quero, e sei que quero ser feliz, mas sempre surge a pergunta: O que é a felicidade? A felicidade é aquilo que você acha que é, que ninguém vai dizer a você como, mas terá que descobrir, talvez não exista uma eternidade feliz, mas eu gosto desse intermédio da angustia na vida, pra dar valor as outras coisas quando se tem, ser ou não ser eis a questão? e o que é questão do momento, as passagens de ônibus abaixaram mas ainda sou contra o capitalismo, eu até gosto de sorvete mas sou muito mais, mentes abertas, quem quiser se prender que fique “alavonté”, mas de resto a liberdade deveria ser uma escolha. Se a regra existe mesmo é porque tem uma exceção e se a exceção existe não teria que haver regra, não gostaria ver ninguém trocando a liberdade por segurança, esse mundo ta muito abaixo do que se chama evolução, a tecnologia das pessoas que fazem seu uso é o exercício de quem as fabrica, e esse é uma vergonha por confundir conforto com comodismo.