sábado, 21 de dezembro de 2013

Estrada



De um certo ponto
Do Universo
Trancei meu
Par de pernas
Numa primeira passada.
Na outra 
Estremeci
E mais outra:

Enlouqueci.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Ardil.

Do jeito
Que faz o peito
Uivar..

Um feito
desmedido
atona
no ar.

empreito
do destino
somado
ao desejo
continuo.

O insuspeito
a traçar a
sua culpa.

De quem vinha
Pra quem ia
o tal logro.

De tempos
em tempos
pensei em você.
Quis você
Esperei.
Pedi.

E você,
O que fez?
Não sei.

Capaz de ter
sido jogral.
Nas mãos
de um príncipe mal.

Ou uma
Apta desvairada
que não soube
medir as passadas.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Desapego.

Se eu me perder
Em te querer...
Por simplesmente
Te sentir.
Se eu sentir
por querer
E não deixar-te ir
Se eu me esquecer por ai
E você não vir...

Então vamos prosseguir
Que por sorrir e provocar
Ninguém vai perder
Em contratempo: Ganhar,
(por esquecer de voltar.)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Histórias passageiras II

A chave cai no pé de outra pessoa qualquer, com o balanço do ônibus, e o pensamento nem se troca de lugar, a chave vem e para ao meu pé, pedindo para subir em mãos, o pensamento continua lá. A chave é guardada do lado de fora da bolsa: não cai, e não tenho medo que roubem (por mais que já tenha me sumido 10 reais outro dia), Agora o pensamento se distancia para aquele dia que passei na frente daquele lugar e um tanto depois já não sabia mais qual era a cor do céu, por um instante, já me ia em pensamentos ambulantes buscar quase que esmolas de conhecimento sobre uma história inventada, no outro - a luz pisca e o barulho entopem meus ouvidos, com tantas pessoas me dizendo que tem medo, e outras tantas com com medo te ter medo de ter medo e temer o medo... Com suprimentos de academia e outras drogas que nem alucinam, pra mim não faz sentido essas partes físicas, e por algum dos lados eu sei que o tiro vai sair, que as pessoas arrisquem mais. Eu me atiro! Não sei quanto ganho pra fazer a arte de pensar, mas não tenho certeza alguma sobre nada e gosto da forma que se pode duvidar de um futuro que pode me trazer a surpresa em cada amanhecer, único e (des)agradável? Talvez, isso não influencia na cor das minhas botas, repensando sobre os saltos, quando nos decepcionamos, sabemos que existe uma porção de defeitos a nos atacarem, porem ao longo do tempo - passa, porque é como resfriado... Só não me culpo por mim mesmo, e não culpa mais ninguém pelo peso dos meus cacos, as outras coisas, como o calor em noite de lua gelada, só mesmo o cão selvagem para saber, não gosto das tamanhas espiagens que regem a massa física virtual, mas sou a favor de qualquer energia positiva e pedras cor-de-rosa, no entanto não quero nenhuma contrariedade me atacando, porque em dois minutos fui trucidada e em outros dois, eu ainda não sei, sei mesmo do que não gosto porque o que quero pode mudar todos os galhos desta árvore humana.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Continuamente irregular.

As ondas batem e vem e vai o cheiro da maré enquanto nada faz sentido, tropeço em uma alma iluminada, e quem sabe até vejo meu futuro brilhar em seus olhos. Sinto um encaixe do qual faltava em mim, e uma porção de borboletas no estomago. A paredes parecem apertar no sentido em que estamos posicionados em qualquer lugar fechado, como se sufocasse. E em liberdade as cores brilham forte a nossa volta e até o céu fica mais bonito, como uma pintura enquadrada de tinta óleo. Som da voz só completa a parte que me toca, a peculiaridade de pensamentos loucos, parecem cada vez fazer mais sentido e a idéia do impossível, não sei mais o que é.

sábado, 16 de novembro de 2013

Aparte e meio viva.

Morta, infinitamente viva. Martirizada? Não. Sou apenas uma parte de mim mesma, viva. Sou totalitária sobre morte súbita. Sou apenas parte do que está vivo, e parte de mim está morta. Ligeiramente investigativa a procura de algum mar não morto, no qual posso encaixar-me em qualquer corrente e desaguar-me em qualquer maré, e talvez achar outrem, e talvez, brindar em pleno desconhecimento de qualquer felicidade aparente, mas com motivos suficientes, pra entender o está para acontecer sem mudar a rota, sem alterar o fluxo, só vadear boemicamente dentre as entranhas desse estranho mar de palavras azul-celeste, penduradas como cordéis, só que essas - num fio de prata.

Contamente-mente.

Algumas histórias, que ainda não são parte do real, algumas partes do real que ainda não se encaixam no todo da história, mas a vontade é inevitável, as lagrimas escorrem uma a uma, e nem todas elas seguem uma ordem, a batida das baquetas sincronizadas só me lembra da minha falta de coordenação, e num outro instante me lembro de mais outro instante no qual queria ter olhado no seus olhos e te beijado, eu ter deixado que isso de alguma forma acontecesse, mas de outra forma, fiquei tão sem graça, quando me segurastes forte pelos braços, e entre palavras tão toscas que saiam da minha quase vermelha boca de batom, e um tanto de tosquices vindo da outra boca que agora, estava mais próxima da minha, não nos calamos e depois do desembaraçamento de olhares meio encontrados, e a soltura dos meus braços amarrados pelos seus dedos da sua mão, uma das suas escorrega até a minha, levanta esta e beija olhando nos meus olhos, com peso nos movimentos sabendo exatamente onde estava cada parte de nossos corpos, saio descaradamente sem graça, um pé aqui e o outro nem sei onde ia parar, na dança des-sincronizada e pouquissimamente ritmada pra quem via de fora, era eu agora um universo internamente paralelo, desejando um beijo seu, por mais bobo que fosse, não era pra sempre, não era nada, era um momento, apenas, um dia, uma história, uma crônica, um desejo.