A chave cai no pé de outra pessoa qualquer, com o balanço do
ônibus, e o pensamento nem se troca de lugar, a chave vem e para ao meu pé,
pedindo para subir em mãos, o pensamento continua lá. A chave é guardada do
lado de fora da bolsa: não cai, e não tenho medo que roubem (por mais que já tenha
me sumido 10 reais outro dia), Agora o pensamento se distancia para aquele dia
que passei na frente daquele lugar e um tanto depois já não sabia mais qual era
a cor do céu, por um instante, já me ia em pensamentos ambulantes buscar quase
que esmolas de conhecimento sobre uma história inventada, no outro - a luz
pisca e o barulho entopem meus ouvidos, com tantas pessoas me dizendo que tem
medo, e outras tantas com com medo te ter medo de ter medo e temer o medo...
Com suprimentos de academia e outras drogas que nem alucinam, pra mim não faz
sentido essas partes físicas, e por algum dos lados eu sei que o tiro vai sair,
que as pessoas arrisquem mais. Eu me atiro! Não sei quanto ganho pra fazer a
arte de pensar, mas não tenho certeza alguma sobre nada e gosto da forma que se
pode duvidar de um futuro que pode me trazer a surpresa em cada amanhecer, único
e (des)agradável? Talvez, isso não influencia na cor das minhas botas,
repensando sobre os saltos, quando nos decepcionamos, sabemos que existe uma
porção de defeitos a nos atacarem, porem ao longo do tempo - passa, porque é
como resfriado... Só não me culpo por mim mesmo, e não culpa mais ninguém pelo
peso dos meus cacos, as outras coisas, como o calor em noite de lua gelada, só
mesmo o cão selvagem para saber, não gosto das tamanhas espiagens que regem a
massa física virtual, mas sou a favor de qualquer energia positiva e pedras
cor-de-rosa, no entanto não quero nenhuma contrariedade me atacando, porque em
dois minutos fui trucidada e em outros dois, eu ainda não sei, sei mesmo do que
não gosto porque o que quero pode mudar todos os galhos desta árvore humana.