Algumas histórias, que ainda não
são parte do real, algumas partes do real que ainda não se encaixam no todo da
história, mas a vontade é inevitável, as lagrimas escorrem uma a uma, e nem
todas elas seguem uma ordem, a batida das baquetas sincronizadas só me lembra
da minha falta de coordenação, e num outro instante me lembro de mais outro
instante no qual queria ter olhado no seus olhos e te beijado, eu ter deixado
que isso de alguma forma acontecesse, mas de outra forma, fiquei tão sem graça,
quando me segurastes forte pelos braços, e entre palavras tão toscas que saiam
da minha quase vermelha boca de batom, e um tanto de tosquices vindo da outra
boca que agora, estava mais próxima da minha, não nos calamos e depois do
desembaraçamento de olhares meio encontrados, e a soltura dos meus braços
amarrados pelos seus dedos da sua mão, uma das suas escorrega até a minha,
levanta esta e beija olhando nos meus olhos, com peso nos movimentos sabendo
exatamente onde estava cada parte de nossos corpos, saio descaradamente sem
graça, um pé aqui e o outro nem sei onde ia parar, na dança des-sincronizada e
pouquissimamente ritmada pra quem via de fora, era eu agora um universo
internamente paralelo, desejando um beijo seu, por mais bobo que fosse, não era
pra sempre, não era nada, era um momento, apenas, um dia, uma história, uma
crônica, um desejo.
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