sábado, 16 de novembro de 2013

Contamente-mente.

Algumas histórias, que ainda não são parte do real, algumas partes do real que ainda não se encaixam no todo da história, mas a vontade é inevitável, as lagrimas escorrem uma a uma, e nem todas elas seguem uma ordem, a batida das baquetas sincronizadas só me lembra da minha falta de coordenação, e num outro instante me lembro de mais outro instante no qual queria ter olhado no seus olhos e te beijado, eu ter deixado que isso de alguma forma acontecesse, mas de outra forma, fiquei tão sem graça, quando me segurastes forte pelos braços, e entre palavras tão toscas que saiam da minha quase vermelha boca de batom, e um tanto de tosquices vindo da outra boca que agora, estava mais próxima da minha, não nos calamos e depois do desembaraçamento de olhares meio encontrados, e a soltura dos meus braços amarrados pelos seus dedos da sua mão, uma das suas escorrega até a minha, levanta esta e beija olhando nos meus olhos, com peso nos movimentos sabendo exatamente onde estava cada parte de nossos corpos, saio descaradamente sem graça, um pé aqui e o outro nem sei onde ia parar, na dança des-sincronizada e pouquissimamente ritmada pra quem via de fora, era eu agora um universo internamente paralelo, desejando um beijo seu, por mais bobo que fosse, não era pra sempre, não era nada, era um momento, apenas, um dia, uma história, uma crônica, um desejo.

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